domingo, 31 de julho de 2016

Verdades Amargas


DECADÊNCIA

Afinal, é o costume de viver 
Que nos faz ir vivendo para a frente; 
Nenhuma outra intenção, mas simplesmente 
O hábito melancólico de ser... 

Vai-se vivendo... é o vício de viver... 
E se esse vício dá qualquer prazer à gente, 
Como todo prazer vicioso é triste e doente, 
Porque o Vício é a doença do Prazer... 

Vai-se vivendo... vive-se demais, 
E um dia chega em que tudo que somos 
É apenas a saudade do que fomos... 

Vai-se vivendo... e muitas vezes nem sentimos 
Que somos sombras, que já não somos mais nada 
Do que os sobreviventes de nós mesmos!...

                        Raul de Leoni
                   ( Poeta Brasileiro ) 
                       
               

domingo, 24 de julho de 2016

Com um agradecimento, tardio...

Há muito tempo atrás, a aldeia da Cova Gala era constituída na maior parte por pescadores, alguns vindos de outras localidades igualmente piscatórias, mas que eles deixaram, por constar e ao que parece com base de verdade, que neste mar havia mais peixe. Aqui criaram os filhos, e por cá ficaram, muitos deles ainda hoje recordados em escritos relativos à aldeia de então.
As casas que habitavam, pequeninas, modestas, feitas de madeira, e empoleiradas em estacas, são hoje recordação acarinhada, e existe até uma réplica duma delas, devidamente preservada, um encanto - onde funciona o Turismo.
Há dias fui presenteada com uma peça de artesanato, um miminho, e como eu gosto disto... Ouve um almoço na Colectividade, e como eu não estive presente, veio a prenda ao meu encontro.
É um quadrinho feito em gêsso, para pendurar na parede. Antes porém, encostei na janela e fotografei, e vou colocar aqui.

E também acrescento uma foto da casinha verdadeira, e dum barco na rotunda, que não é da minha autoria. Pelo que se alguém se sentir prejudicado faça favor de dizer que eu retiro de imediato.

Actualmente esta localidade, ascendeu a Vila. E o seu nome é maior.
Chama-se Vila de São Pedro - Cova Gala


sábado, 16 de julho de 2016

A Arte das Caldas da Rainha

Olá amigas e amigos, companheiros nas andanças blogueiras.

Depois dum pequeno período de hibernação, estou a acordar... Porém, ainda um tanto indolente, talvez por causa do calor que se faz sentir, e que tal como o frio em excesso me atrapalha um pouco. Mas nada suficiente para queixas.
Hoje não trago nenhuma estória, nem poesia, trago um pedaço de argila transformado em arte, um prato de louça das Caldas da Rainha. Os motivos nele representados, são todos em relevo, o galo a galinha e os pintos, são peças inteiras só coladas pelas patas. A foto não mostra com exactidão, mas dá uma ideia. Eu sempre o achei  muito bonito, e agora quis vir partilhar convosco esta peça (portuguesa) que guardo com muita estima.
Não será único, naturalmente. Mas na altura só havia este, e nunca mais vi outro igual, apesar de já terem passado 27 anos sobre a data em que veio para mim.