sexta-feira, 21 de abril de 2017

Pobres dos pobres

Ontem chegaram até mim duas noticias que me deixaram a meditar. Elas já não eram muito novas porque já muitos antes de mim as tinham visto. Eu é que só as vi ontem mas ainda a tempo de manifestar a minha indignação.
E um dos casos que apareceu ilustrado com a foto que também retirei para a colocar aqui, é extraordinariamente triste, proibitivo de acontecer nos dias d´hoje, junto de nós, porque é de portugueses que se trata:
-Uma senhora idosa e doente é conduzida pelo companheiro, deitada num carro de mão até ao local onde vai receber o dinheiro da reforma.
Mas em que mundo estamos nós?
Mas em que século estamos?
Mas será que na cidade de Elvas não há bombeiros, não há nenhuma estrutura que apoie quem disso careça? E não há ninguém que tenha um carro, um calhambeque uma coisa fechada onde acomodásse dignamente a senhora, poupando-nos a este espectáculo triste e gratuito a que estamos a assistir?

Leva idosa aos CTT em carrinho de mão

Quanto à segunda notícia:
-É sempre com satisfação que tomamos conhecimento de factos positivos, nomeadamente de pessoas a quem a vida sorri a quem os negócios correm bem e vivem desafogados.É que a felicidade dos outros também nos contagia.
Porém será preciso ter muito, muito dinheiro? A felicidade é isso?
Vem ao caso o facto de ler a noticia e ficar a pensar no exagero, e vou sitar:-
Que o Padre Milícias se reformou, e passou a auferir sete mil e tal euros mensais correspondente à reforma.
Mas um Franciscano aceita e sente-se bem ao receber tanto dinheiro? Segundo já li, ele tem direito a isso em virtude dos cargos que ocupou. Certo! Mas um Franciscano não faz voto de pobreza?

Eu entendo que a pobreza não é uma situação cómoda, e nem aplaudo que alguém a ela seja forçado. Mas para viver com conforto e dignidade, não são precisos tantos euros!!!!!!

Será que o Padre Milícias secretamente usa esses valores para minorar as desgraças de tanta gente que sofre?
E se assim for, eu me confesso pecadora por ter julgado mal, e peço perdão.  

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Simplicidade


Para lá do portão um amplo salão dum restaurante.
Cá fora uns bancos rústicos esperam aqueles que levam cesto aviado porque preferem merendar ao ar livre e respirar o aroma inconfundível do pinheiro e do eucalipto, oferta da Natureza.

sábado, 15 de abril de 2017

Na festa da ressurreição

Caras amigas e amigos que ao longo de vários anos passam por aqui e me deixam simpatia nas palavras que me escrevem. Quero desejar para vós e, para toda a gente mesmo até quem eu não conheço mas que existe, um tempo de Páscoa vivido em alegria e bem estar.
Deixo vos um sorriso e um abraço e também flores, não apenas um ramo mas uma árvore com mais de um milhar delas e, uma poesia cheia de ternura.

_Que fazes tu aí ó Cristo antigo
Pregado nessa cruz,eternamente?
Liberta a tua mão omnipotente,
Desprega esses teus pés...e vem comigo!

Não sabes que sem ti nada consigo?
Não vês que fazes falta a tanta gente?
Oh! Vem de novo,como antigamente!
Viver connosco e nós, contigo!

Não vens? Não queres ouvir a humilde prece
Num mundo que, sem ti, desaparece,
Vencido pela morte e pela dôr ?

Não vens? Não pode a cruz ficar sózinha?
Pois bem: permite então que seja minha!
_Eu fico nela... e desce tu, Senhor!


(Dr.Abel Varzim)